Gasolina está mais barata ou mais cara em 2023?

 gasolina impacta de maneira significativa a renda de milhões de brasileiros todos os meses. Quanto mais caro estiver o combustível, mais comprometido fica o rendimento familiar dos cidadãos que possuem veículos. Na semana passada, a situação ficou ainda mais difícil para os consumidores do país.

De acordo com o levantamento semanal realizado pela Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), a gasolina disparou 3,35% na semana passada. Esse avanço correspondeu a uma alta de 17 centavos no preço do litro do combustível fóssil.

No entanto, cálculos da Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom) indicaram que a gasolina deveria ficar 25 centavos mais cara nos postos do país com a retomada da cobrança dos impostos federais. Em outras palavras, o preço do combustível poderá subir ainda mais nesta semana.

Embora possa parecer que o aumento foi pequeno, vale lembrar que ninguém abastece o veículo com apenas um litro de combustível. Além disso, os motoristas do país costumam abastecer seus veículos algumas vezes no mês, a depender do uso do automóvel. Por isso, qualquer alta no preço da gasolina acaba pesando no bolso do consumidor.

Na internet, diversos usuários relatam que os valores dos combustíveis estão muito elevados no país. Por um lado, muitas pessoas pedem ao governo federal que faça alguma coisa para reduzir os preços. Em contrapartida, há vários relatos sobre os valores elevados em 2022, ainda maiores que os observados neste ano.

Gasolina está mais barata ou mais cara em 2023?

Em primeiro lugar, é importante destacar que a ANP analisa os preços dos combustíveis em mais de cinco mil postos do país. Assim, divulga semanalmente os valores médios da gasolina, do etanol hidratado e do óleo diesel, revelando também os preços médios em cada unidade federativa (UF).

Apesar de a gasolina acumular alta de 2,54% nas últimas quatro semanas, o seu valor está 20,21% menor que há um ano. Significa dizer que a gasolina está R$ 1,33 mais barata comparado a março de 2022, ou seja, os motoristas do país podem comemorar a forte queda, apesar do aumento nas últimas semanas.

No ano passado, o ex-presidente Jair Bolsonaro promoveu isenções de impostos sobre os combustíveis em junho, com validade até 31 de dezembro. Em um primeiro momento, algumas informações indicavam que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva não prorrogaria a desoneração em 2023.

Contudo, isso não se confirmou e o governo optou por manter a isenção dos impostos sobre os combustíveis da seguinte forma:

  • Reduziu a zero as alíquotas dos impostos federais PIS/Pasep e Cofins que incidem sobre gasolina, álcool, querosene de aviação e gás natural veicular até 28 de fevereiro de 2023;
  • Zerou a Cide, que é um imposto federal, sobre a gasolina até o dia 28 de fevereiro de 2023 (mas, em nova decisão, prorrogou a isenção até 31 de dezembro de 2023);
  • Reduziu a zero as alíquotas dos impostos federais PIS/Pasep e Cofins que incidem sobre diesel, biodiesel, gás natural e gás de cozinha até 31 de dezembro de 2023

Descubra qual local tem a gasolina mais cara

Nos últimos 12 meses, a gasolina ficou mais barata em todo o país. A saber, o preço médio recuou de maneira mais significativa no Sudeste (-22,19%), enquanto o Sul teve o menor recuo entre as regiões brasileiras, de 18,07%.

Entre as UFs, os recuos mais intensos foram registrados em Rio de Janeiro (-27,06%), Piauí (-25,96%), Minas Gerais (-25,62%) e Pará (-24,89%). Em contrapartida, as menores quedas vieram de Amapá (-11,19%), Ceará (-12,12%), Roraima (-12,70%) e Amazonas (-14,34%), únicos recuos inferiores a 17% no país.

Vale destacar que três dos quatro estados que comercializaram a gasolina com os preços mais elevados do país na semana passada estão entre os que tiveram os menores recuos nacionais em 12 meses.

Confira abaixo os valores médios mais altos da gasolina:

  • Ceará: R$ 5,75
  • Bahia: R$ 5,74
  • Amazonas: R$ 5,67
  • Acre: R$ 5,59
  • Roraima: R$ 5,59

No acumulado das últimas quatro semanas, os maiores avanços foram registrados em Goiás (+10,48%), Distrito Federal (+9,88%) e Amapá (+8,14%), superando várias vezes a alta nacional no período, de 2,54%.


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