Golpes no cartão de crédito: saiba como evitar

 

1. O golpe da ligação

Olha, esse é bastante utilizado contra pessoas que têm telefone fixo na residência. Começa assim: uma pessoa liga em meu nome e diz que você foi vítima de uma fraude.

Para não levantar suspeitas, ela pede que você faça uma ligação para o número do atendimento do cartão, localizado no verso.

Sem saber, você acaba permanecendo em linha, mas pensa estar ligando para o SAC. Algumas gangues têm uma pessoa para fazer a ligação direta no poste para interceptar suas ligações, acredita?

Essa manobra derruba qualquer suspeita e te persuade a entregar dados pessoais — inclusive a senha — durante a ligação.

Em seguida, o fraudador afirma que um representante da operadora (ou até mesmo da Polícia Civil) irá até sua casa para recolher o cartão, que deve ser posto em um envelope.

O representante que bate à porta é, na verdade, um dos criminosos, embora se identifique de outra maneira. Ao recolherem o seu cartão — lembre-se, eles já têm a senha — eles fazem compras até estourarem o limite.

Como evitar?

Infelizmente, é muito fácil para qualquer um achar nossos dados na internet. Com tantos vazamentos recentes, encontrar informações como CPF, telefone, formação, estado civil e tantas outras é como um passeio para os criminosos.

Por isso, é bom ligar o desconfiômetro sempre que receber uma ligação em meu nome pedindo informações demais. Isso pode ser verificado no meu aplicativo para celular — se você ainda não tem, procure “will bank” na App Store ou Google Play.


Outra boa prática é nunca passar informações demais por telefone. Mesmo que, para você, não sejam dados importantes, os golpistas acharão um jeito de usá-las. Dê respostas curtas e diretas referentes apenas ao seu caso.

Por fim, o will bank não envia representantes à casa dos clientes. Comigo, você resolve tudo no aplicativo. Se alguém se apresentar na sua residência como funcionário do will, chame a polícia.

2. Phishing

Lembra que já falei disso aqui no blog? Apesar de ser uma tática velha, ainda rende bons resultados para os criminosos. Esse golpe é levado a cabo apenas pela internet.

Funciona assim: os fraudadores criam uma página falsa de banco ou loja virtual e a divulgam em redes sociais, grupos de WhatsApp e e-mail.

Apesar de ser visivelmente autêntica, essa página web tem campos de preenchimento de dados que enviam as informações — agência, senha, número do cartão — direto para os golpistas.

Sabe quando isso acontece com mais facilidade? Em datas marcadas pelo consumo, como Black Friday. É quando nossas redes sociais são invadidas por propagandas com descontos maravilhosos demais para serem verdadeiros.

Ao comprar o produto, inserir os dados, inclusive senha e código de segurança, e enviar o formulário, acontece o pior: você se torna uma vítima. Além de não receber o produto, seu cartão será clonado e usado em outras compras.

Como evitar?

Sempre verifique o nome de domínio da página em que você está comprando — aquele nome que aparece na barra de endereço do navegador, como www.willbank.com.br. Os criminosos são hábeis em criar reproduções de grandes sites, mas o nome do domínio é bem mais difícil de fraudar.


O mesmo deve ser feito em relação aos e-mails: observe sempre o endereço do remetente. Felizmente, A maioria dos softwares de e-mail filtra as mensagens maliciosas e manda tudo direto para o spam.

Se você ficar desconfiado, observe os dados empresariais do e-commerce. A página deve conter informações como CNPJ, nome fantasia, razão social e contato da empresa responsável no rodapé.

Para fechar essa parte, sempre que há grandes campanhas promocionais, como Black Friday, os Procons estaduais divulgam listas de sites suspeitos. É bom evitá-los e aproveitar promoções apenas em sites de confiança.

3. Clonagem física

O uso de chips nos cartões de crédito tornou as transações com maquininhas bem mais seguras — ainda bem, porque o uso da tarja facilitava muito a clonagem.

O chip funciona como um pequeno computador e torna a transação bem mais segura — mas já existem meios para quebrar essa segurança, embora a clonagem com maquininhas de cartões com chip sejam mais raras.

Mas a clonagem física não acontece só na hora em que você insere o cartão na maquininha. Há criminosos que fotografam os dados do cartão enquanto o cliente se distrai ou simplesmente passam em um aparelho que não é do estabelecimento.

Outro golpe comum é o uso de maquininhas falsas com visores quebrados — ou seja, não dá para ver o valor da compra. Isso pode ocorrer em pedidos por delivery.

Como evitar?

Olha só, eu não quero disparar nenhum alarme, tá? Para evitar esses problemas, você não precisa abrir mão de toda a conveniência que o cartão de crédito oferece. Basta tomar alguns cuidados importantes ao fazer compras no cartão, como:

  • ficar sempre presente e atento na hora de fazer pagamentos no caixa;
  • nunca entregar seu cartão para um atendente ou garçom — peça para ele trazer a maquininha até você ou vá até o caixa;
  • caso seu cartão seja furtado ou você suspeite de clonagem, peça o bloqueio pelo app;
  • sempre peça o comprovante da maquininha e confira se o valor bate com o que foi combinado;
  • não passe o cartão em aparelhos suspeitos ou com defeito.

Como você pode ver, nem todos os golpes no cartão de crédito envolvem violações tecnológicas de alto nível. Às vezes é uma bobagem que nos leva até a sentir culpa por cair em um golpe tão óbvio. Por isso, é bom não só saber, mas também alertar outras pessoas sobre como agem os golpistas e indicar boas práticas de segurança.



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