Série histórica com juros de 400% não representa a realidade brasileira

 Além do índice, o Banco Central divulga também uma série histórica de juros do rotativo que, apesar de seguir padrões internacionais, não representa a realidade dos encargos cobrados no país. 


Essa série histórica traz uma taxa anualizada, calculada pela média mensal de juros de rotativo cobrados por cada instituição de seus clientes que entraram no rotativo. 

Enquanto essa taxa anualizada indica juros da ordem de 400% ao ano, na prática, desde 2017, os consumidores que entram no rotativo do cartão só podem ficar nessa situação pelo período de uma fatura. Após esse prazo, o saldo devedor no rotativo deve ser trocado por uma linha de crédito mais barata.


Números mostram que cartão de crédito impulsiona economia e rotativo não é vilão do endividamento

Se bem usado, o cartão de crédito pode ser um importante aliado na organização financeira. Ele, inclusive, tem ajudado a financiar o consumo e a impulsionar o crescimento econômico. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), as transações realizadas por cartão de crédito representam 22% do PIB (Produto Interno Bruto) do Brasil e 34% do consumo das famílias. 



De acordo com a Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs), em 2023, o volume transacionado em cartões de crédito chegou a R$ 2,4 trilhões, em mais de 17,8 bilhões de transações. Isso equivale a, em média, quase 50 milhões de pagamentos feitos por este meio a cada dia. 

Por outro lado, os números da Abecs mostram que o rotativo do cartão de crédito é responsável por apenas 2,4% do endividamento das famílias brasileiras. O financiamento imobiliário responde por 40,6%, o consignado por 24,5%, aquisição de veículos por 10,8%, não consignado por 10,3% e, outros créditos, por 11,3%.




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